Keroxen 2024
A ondamarela passou a última semana em Tenerife, nas ilhas Canárias, numa residência artística para o incrível Festival Keroxen. Trabalhando com um grupo incrível de pessoas da Funcasor, do Conservatório e que se juntaram a nós numa Open Call, criámos uma performance que falou da ilha, das pessoas, do som, dos desníveis, do abrirmos portas e deixarmos entrar!
Obrigado ao festival pelo maravilhoso convite, obrigado a todos os amigos que fizémos, pela aprendizagem, pela entrega, pelo amor.
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Nuvem de Futuro
A ondamarela dinamizou, para o Festival Vapor, no Entroncamento, a performance “Nuvem de Futuro”, com cerca de 3 dezenas de pessoas de todas as idades, desta cidade. A partir da ideia de “Fantasiar o Futuro”, discutiram-se fenómenos, dúvidas e certezas, perguntas e mitos. Também se discutiu a cidade, as suas características, necessidades, as vontades dos seus habitantes de agora e de há muito. Na fase de construção participaram ainda as crianças das “Férias Desportivas”, que criaram notícias do futuro e a base musical para um dos temas.
A nuvem, a indefinição, o “será que…”, o “talvez”, com o mote do Desassossego de Fernando Pessoa, foram o esteio de toda a performance, que se apresentou no derradeiro dia do Festival, 29, ao longo do recinto do Festival, mas terminando no Palco Telheiro. Um processo muito bonito, de grande aprendizagem, com um grupo espantoso de pessoas. Obrigado a todos.
Névoa ou Nuvem? Subia da terra ou descia do céu? Não se sabia. Era mais como uma doença do ar que uma descida ou uma emanação. Por vezes, parecia mais uma doença dos olhos do que uma realidade da natureza.
Fosse o que fosse, ia por toda a paisagem uma inquietação turva, feita de esquecimento e de atenuação. Era como se o silêncio do sol tomasse para seu um corpo imperfeito. Dir-se-ia que ia acontecer qualquer coisa e que por toda a parte havia uma intuição pela qual o visível se velava. Era difícil dizer se o céu tinha nuvens ou antes névoa, era um torpor baço, um acinzentamento imponderavelmente amarelado, salvo onde se esboroava em cor de rosa falso ou onde estagnava azulescendo, mas aí também não se distinguia se era o céu que se revelava, se era outro azul que o encobria.
Nada era definido, nem indefinido. Por isso apetecia chamar nuvem à névoa por ela não parecer névoa ou perguntar se era névoa ou nuvem por nada se perceber do que era.
Bernardo Soares (Fernando Pessoa) Livro do Desassossego
Fotos de João Roldão
O Património São As Pessoas
19 de Setembro, quinta-feira,21:30, no Largo do Trovador
20 de Setembro, sexta-feira , 14:00, Pousada da Juventude
20 de Setembro, sexta-feira, 18:30
Ponto de encontro: Alameda de S. Dâmaso (procura a “menina” do chafariz, estaremos lá à tua espera)
21 de Setembro, sábado , 14:30, Bar da Ramada
21 de Setembro, sábado, 18:30
22 de Setembro, domingo, 11:00
Comedoria em Sever do Vouga
Ter o Pé na Porta
Para o maravilhoso Festival A Porta, em Leiria, a ondamarela desenvolveu a performance “Ter o Pé Na Porta”. A partir de uma convocatória aberta e do tradicional boca a boca, com a participação do Coro do Ateneu Desportivo de Leiria, cerca de 40 leirienses juntaram-se a nós e criaram connosco música, som, gesto, sonhos e bolinhas de sabão.
A partir das questões em relação à sua cidade, mas também em cruzamento com o lugar onde este ano acontece o festival, as ruínas do Convento dos Capuchos, a história e as estórias em torno dele, subimos a palco num misto de alegria e nervosismo. Debaixo de uma chuva miudinha que alimentou uma das peças criadas, a Neblina, pusemos o pé na porta e deixamos tudo entrar e sair.
Muito obrigado a quem nos convidou, muito obrigado a quem connosco criou e subiu a palco, foi maravilhoso.
Obrigado, mais uma vez, à Vera Marmelo, pelas fotos!
A ondamarela na Sérvia
Integrados no Beta Circus, passámos a última semana em Novi Sad, como mentores da residência artística entre os colectivos Fenfire, da Áustria e Ekspedicijastanica, da Sérvia. Mirror of Novi Sad, a criação colectiva que contou ainda com a participação decisiva de adolescentes de Novi Sad apresentou-se finalmente nos dias 17 e 18 de Maio, foi um percurso que ocupou o espaço de uma escola, com intervenções, instalações e performances que abordaram a questão do espaço, do reflexo, do público e do privado.
Uma semana cheia, de que levamos muita aprendizagem e muitos amigos. Obrigado!
Space.
Do we need it?
Do we have it? Do we share it?
Is it private or public?
Is a school a space? Is it just a place?
Is it safe? Is it brave?
What do mirrors do to it? What do they do to us?
Are mirrors honest? Is sound sincere?
Are we allowed to change space? Can we cross lines, enter forbidden zones?
Questions bring more and more questions.
Oh, I hear the bell now.
Fotos de Goran Jevtić para o festival Cirkus Danas
A Máquina em Ílhavo
Esta Máquina Cerca o Ódio e Força-o a Render-se
chegou a Ílhavo. Mais uma vez, este ciclo programático instala-se e começa a trabalhar o ódio, as suas nuances, o que podemos todos fazer em relação a ele.
Estamos na Gafanha da Nazaré até dia 28 de Abril e até lá fazemos a Oficina que cerca o ódio, acompanhamos a Alexandra Saldanha e a Ana Markl na sua criação “Para que Serve esta Mánica?”, criamos a Performance de comunidade com toda a gente que se queira juntar, acompanhámos a Maria Vlachou na conversa acerca do tema.
O 23 Milhas, parceiro que nos convida a pensar o território, as pessoas e a forma como lidamos uns com os outros, acompanha todo este caminho comemorando connosco os 50 anos do 25 de Abril com a frescura e a criatividade que caracteriza este projecto.
Toda a informação aqui:
https://www.23milhas.pt/evento/esta-maquina-cerca-o-odio-e-forca-o-a-render-se/
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Som Sim Zero: na rua, o encontro
Apresentámos anteontem, no Festival Tremor, mais uma nova criação do Som Sim Zero.
Desta feita, um percurso, na rua, com a ASISM, os músicos que nos acompanham, os Bora Lá Tocar e os Back to Funk. Desta feita, além do nosso maravilhoso Samuel Martins Coelho, tivemos connosco a incrível Patrícia Costa, nos figurinos e adereços.
Acerca do encontro, do abrir portas, do tempo e das coisas invisíveis, envolvemos o público do festival numa nuvem de coisas boas.
Obrigado a todos, deixamos aqui algumas fotos lindas, da Vera Marmelo.
O encontro é revolucionário.
Deixar entrar.
A escuta é revolucionária.
Participar.
Querer saber é revolucionário.
Dançar.
Fazer uma roda,
juntar,
discutir,
rir,
tocar
mo
nos
O silêncio é revolucionário
O som.
Pensar é revolucionário.
O não.
O gesto é revolucionário.
Sorrir.
Fazer uma roda,
juntar,
discutir,
rir,
tocar
mo
nos
E terminou! Our Adelaide Citizens Orchestra!
No passado sábado, 16 de Março, apresentou-se a nossa Citizens Orchestra, encerrando a nossa participação no Floods of Fire da Adelaide Symphony Orchestra, no Adelaide Festival deste ano. Um processo que começou há mais de um ano, para a abertura do Adelaide Festival 2023, e que tocou milhares de pessoas diferentes, em dezenas de workshops em espaços muito diferentes. Criámos uma performance com música totalmente nova, criada a partir destes workshops, e o auge, nos Maths Lawn, no sábado, foi um momento muito muito bonito para nós.
Obrigado a todos os que decidiram abrir esta porta e participar, obrigado ao Airan Berg pelo convite, pelo esforço e pelo programa Floods of Fire, obrigado à Adelaide Symphony Orchestra, ao Adelaide Festival e à Universidade de Adelaide.
Um obrigado extra especial à Rachel Pittson e à Jessica Manning e ao Paul Cowley.
E claro, ao nosso Tim Steiner.
Foi um projecto marcante para a ondamarela, estamos muito orgulhosos do que se conseguiu fazer.
Adelaide Citizens Orchestra 2024
A ondamarela está de novo em Adelaide, para criar aquela que será a performance de encerramento do Floods of Fire, no Adelaide Festival deste ano. A partir da Adelaide Symphony Orchestra, uma orquestra gigante, composta de todos quantos quiseram participar, tem acorrido a workshops nas várias áreas da cidade, para em conjunto montar este enorme desafio, que se apresenta no próximo dia 16. Têm sido semanas incríveis, de aprendizagem, emoção e música. Obrigado a todos!
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