Quem foi seguindo as nossas redes sociais, foi percebendo que o que estava a ser criado com os cúmplices do costume, a Associação de Surdos da Ilha de São Miguel e com novos amigos, o Coral de São José, tinha tudo para ser muito bonito. A Igreja do Colégio propunha desafios novos, as reverberações, a ausência de chão de madeira, a impossibilidade de tocarmos percussões, tudo abria espaço a um novo nível de criação: mais conceptual, mais ainda acerca do som, da percepção do som, do significado do som. Ao mesmo tempo, tudo parecia solene, ali dentro, espiritual, sagrado. O que foi possível criar, em 10 dias de muitos contratempos, numa superação conjunta, foi uma performance que nos enche de orgulho e que tocou todos os que ali conseguiram estar.
Muito obrigado a todos os envolvidos, a vossa generosidade e talento é impressionante, muito obrigado ao público, pelo compromisso com o que ali se celebrava, muito obrigado ao tremor, por mais uma vez, confiar que este projecto tem caminho para fazer.
Foto de Carlos Brum Melo
Filipa Teixeira, do Observador, escreveu acerca do espectáculo:
11 de Abril de 2022