Em Sever do Vouga apresentámos “Liberdade, Memória e Arte”, uma performance criada com a população local, no âmbito das celebrações dos 50 anos do 25 de Abril. A partir de uma reflexão muito interessante acerca do específico e do genérico das questões da Liberdade, no presente e no passado. Público e participantes foram convidados a desejar futuros para si e para todos. Foi muito intenso e muito especial, mais uma vez, estar em Sever do Vouga com esta gente tão bonita.
Como memória destes dias incríveis, deixamos um poema pungente, criado para o espectáculo pela Lurdes.
Sempre a água
Sempre a água me cantou nas telhas
Habito onde suas bicas
As suas bocas jorram
As palavras que no cântaro a noite recolhe
E bebe com agrado
Sabem a terra por serem minhas
Não sou daqui e não vos devo nada
Ninguém poderá negar a evidência de ser chama
Ou água,
Fluir em lugar de ser pedra
Perdoai-me a transparência
Maria de Lurdes Costa
Obrigado a todos, e também à nossa Patrícia Costa e ao nosso Miguel Ramos, pelo seu talento e contributo sempre cheio de amor e garra.
31 de Março de 2025